UNIVERSIDADE SALVA
PESQUISA E PRÁTICA PEDAGÓGICA III
Seabra,
2012
GILMARA
MENDES DA SILVA
LUCIDALVA ANJOS TEIXEIRA
MARIA REGINA
PESQUISA E PRÁTICA PEDAGÓGICA III
Atividade solicitada pelo professor Antônio
Carlos de Almeida Gouveia Filho, aos alunos do 3º Semestre de Pedagogia –
Licenciatura/ Pólo Seabra, como requisito para avaliação da disciplina de Pesquisa
e Prática Pedagógica III.
Seabra,
2012
PEDAGOGIA DAS DIFERENÇAS NA SALA DE AULA
Essa obra aborda muito as
linhas gerais da pedagogia e o sociólogo Philippe Perrenoud relatam sobre a
pedagogia das diferenças, os seus trabalhos é sobre o mecanismo que leva a
escola a trabalhar com transformações, desigualdade social e cultural, em
desigualdade escolar. Trabalho pedagógico e na formação, de professores, político
de educação e formação, ele reforça que a pedagogia diferenciada não volta às
costas para o objetivo primordial da escola, mas de tentar garantir que todos
os alunos tenham acesso a uma cultura.
Perrenoud considera a pedagogia das diferenças
como uma forma de luta contra o fracasso escolar e o insucesso escolar ele
afirma que as desigualdades biológica, psicológica, socioeconômicas e culturais
transformam-se em desigualdade de aprendizagem e de escola ou pela maneira de
lidar com as diferenças. Perrenoud (1991, 1992) afirma que a pedagogia das
diferenças requer uma avaliação formativa. Ele pergunta por quê?
Formativa?Simplesmente porque é uma avaliação que objetiva melhorar a formação;
sua preocupação não é classificar, dar notas, punir ou recompensar, mas ajudar
o aluno a aprender.
Marta
Maria P. Darcier ela faz uma crítica sobre a avaliação do ensino fundamental,
que puni, classifica e define o destino do aluno e sugere reverter esse
processo de avaliação para um sentido positivo, para sustentação da aprendizagem.
As reflexões desses autores nos levam a ter clareza de que a revisão das
práticas avaliativa não é tarefa simples, nem vai se dar de um dia para o outro. É uma tarefa complexa
que vai exigir mudanças profundas nas relações de sala de aula. Ele também
alerta os professores para o fato de que a constatação de ter que aprender a
olhar para essa múltipla determinação e avaliar o seu poder precisa movimentar
criticamente na sua sala de aula, aprender a olhar para cada aluno e não para
um todo. Nesta obra as autoras também discutem entre outros temas, o uso do
diário como instrumento de avaliação, e trabalha com erros e as atividades de
reforço no período de ensino fundamental que é de inúmera importância nessas
séries. A autora relata que trabalhar com diário é uma forma de aprendizagem
tanto para os alunos quanto paras os professores, além de mostrar para eles as
dificuldades de cada aluno. A atual
tendência das políticas de ensino básico é a ampliação, do espaço educativo,
que trouxeram á escola novos questionamentos. Um deles seria a habilidade de
lidar, de forma mais democrática, com a diversidade individual e cultural
presente na classe, pois neste contexto de mudanças, o educador deveria
assumir-se como o gestor da aprendizagem do aluno, conhecendo com mais clareza
tais processo, construindo melhores registros de seus percursos, desenvolvendo
estratégia que rever a função que o erro cumpre no processo de
ensino-aprendizagem faz parte de uma nova prática avaliativa. Luckesi, ao
recomendar que a avaliação deixe de ter uma função meramente classificatória e
punitiva e passa a ter uma função de diagnostico do nível de apropriação da
cultura elaborada por parte dos alunos.
A avaliação impulsionadora ela promete
melhoria no ensino e considera que a aprendizagem é um processo e não um
acúmulo de informação, e ao abordar o tema avaliação de investigação didática,
está referindo à possibilidade de conhecer os processos de aprendizagem dos
alunos com o objetivo de reorganizar atividades de ensino, ajustando-as
aprendizagem. Com isso a avaliação torna uma aliada do professor, por esse meio
o professor pode acompanhar o processo de ensino aprendizagem dos alunos. Esse
tipo de avaliação fornece ao professor várias informações sobre o andamento do
processo educativo, permite a avaliação de se próprio, do seu trabalho.
O diário como instrumento de avaliação e de
investigação didática, foi utilizado em dois momentos diferentes; Na reflexão
sobre as concepções de avaliação que encontra das professoras sobre suas
experiências com esse trabalho. Na reflexão sobre a implantação dos projetos de
mudanças, nas práticas avaliativas, que contem reflexos dos professores sobre a
tentativa de mudanças com base nas novas concepções.
Revela-se
igualmente importante para a tomada de consciência das dificuldades e dos
avanços. Neste projeto não era usado apenas os diários dos alunos, mas também
os dos professores para registrar tudo que ocorria sobre os seus projetos.
Como afirma Luckesi (1995),
a escola pratica uma avaliação da culpa. Porém, é importante aprender a ver o erro
como normal, aprender a interpretá-lo, libertando-o de todo caráter negativo e punitivo,
passando a utilizá-lo de forma mais construtiva e produtiva, como um indicador
privilegiado para dar uma ajuda personalizada ao percurso escolar. Na análise
das praticas observadas possibilitou a visualização de marcas de um ensino
centrado no professor na transmissão do conhecimento, não apenas avaliar por
avaliar, “avaliar não é julgar e sim ajudar”, o que se quer dizer é que a
avaliação pode cumprir funções distintas: uma controladora, que exigem rigor na
comprovação dos objetivos alcançados, e outra formativa, que dá os resultados
em caráter orientador nessas dimensões, o professor não julga apenas, mas informa
e reorienta, se for preciso, sua estratégia docente. Conhecer o pensamento dos
alunos a respeito de seus erros é uma atividade enriquecedora para o professor.
Uma forma possível seria o professor adotar uma atitude reflexiva diante do
erro do aluno, procurando não só compreender o erro dentro de um contexto de
ensino, mas também compreender o aluno que erra. Portanto no estudo em questão,
é necessário diferenciar e tornar o erro do aluno um problema para o professor,
de tal forma que ele seja levado ao incessante movimento de reinvenção do
ensino, assumindo, uma atitude iniquidora diante dos novos desafios
pedagógicos. Com base nos trabalhos de erros é, prioritariamente, engajar os
alunos no processo de correção decidindo com eles novas regras e novos
critérios e utilizando novos instrumentos de avaliação. Pois os novos
conhecimentos didáticos que surgirão a partir desta reflexão certamente irão
subsidiar o professor no trabalho de organizar situações- problema ajustadas
aos níveis e as possibilidades dos alunos e desenvolver um clima de cooperação
e compreensão em sala de aula visando à melhoria do individuo, neste sentido a
escola ajuda o cidadão a superar o sentimento negativo sobre o erro, dando ao
aluno a liberdade de aprender, sem culpa e sem medo humanizando a sua
existência.
Ao dialogar com professores,
nota-se uma grande dificuldade de lecionar nas classes multisseriadas e alunos
com diferentes idades. Antes de apontar o dedo acusador para escolas e
professores, é preciso reconhecer que trabalhar com a heterogeneidade existente
em uma sala de aula é realmente tarefa difícil. Se considerarmos, além de tudo
as condições de trabalho dos professores é o fato de que a escola pública não
tem sido, via de regra, um espaço propício a reflexão e ao debate sobre o
trabalho pedagógico. Tais dificuldades podem agravar-se com a implantação dos
diversos sistemas públicos de ensino, da organização curricular em ciclos.
Eliminada essa barreira, a
diversidade nos níveis de aprendizagem dos alunos em cada sala de aula tende a
aumentar. Caso as escolas e os professores não consigam se organizar para lidar
de forma adequada com essa diversidade, propostas que se pretendiam democratizantes
podem se tornar ao contrário instrumentos de discriminação, reduzindo ainda
mais as afetivas possibilidades de acessos de muitos alunos ao conhecimento. O
papel do professor envolve intimamente o compromisso profissional com a
aprendizagem dos alunos buscando todos os meios possíveis para ensinar. Um
instrumento importante nesse processo de reflexão é a avaliação, na verdade,
como podemos perceber nas várias descrições de situações de sala de aula, a uma
avaliação constante, que faz parte do processo de ensino. Essa capacidade de
perceber e utilizar a diversidade de saberes que existe na sala de aula permite
ainda o educador um equilíbrio entre o rotineiro, ou seja, os esquemas de
trabalho que proporcionaram certa organização. Esse movimento permite o
funcionamento harmonioso do coletivo, na sala de aula.
Os professores nos dias de
hoje tem se pensado mais em desenvolver atividades que interaja o todo, a
vivência de cada aluno, pois estamos vivendo uma escola democrática. E estar
tornando o olhar mais voltado para as diferenças pedagógicas ou cooperativas,
como propõe Phillippe Perrenoud (1995), significa compreender que elas só tem
força se provocarem, no espírito do aluno e no dos professores, uma outra
construção de sentido.
Os professores estão sempre
buscando novos desenvolvimentos no campo da educação para se tornarem
profissionais mais capacitados para tornarem seus alunos cada vez mais
preparados para a grande sociedade. Mas ainda não se conseguiu uma forma de
buscar soluções para enfrentar a problemática da formação e para ensinar com
base na vivência de cada um. É através dessa formação pode trabalhar vários
conteúdos como: a identidade, as fases da vida, era a preocupação comum em
desenvolver um projeto que alcance o sucesso das crianças. Por exemplo, uma
professora iniciante começou a avaliar a sua própria prática de ensino e pode
perceber que havia alunos diferenciados e assim passou a realizar atividades
diferenciadas para cada tipo de aluno e ao ter uma nova visão de sua sala de
aula. A professora passou a desenvolver um bom trabalho e os alunos um bom
desenvolvimento através de cada atividade desenvolvida em sala de aula. O
planejamento é indispensável para um bom desempenho em sala de aula, mediando
ao educador uma análise mais aprofundada da situação de seus alunos,
proporcionando uma melhor qualidade no ensino aprendizagem. Nesse conteúdo se
vê falar muito na matemática de começar-se trabalhar desde as séries iniciais e
do bom desempenho que os alunos apresentam. Nesse subtema também entrou as
fases da vida que as crianças desempenharam muito bem, que era falar sobre a
gravidez até o nascimento, organizando cartazes. A partir de trabalhos como
este o educador pode perceber o conhecimento que cada aluno já traz consigo
mesmo, e motivar que cada aluno se interesse cada vez mais pelos conteúdos
trabalhados. Diante da abordagem em relação o ensino aprendizagem conclui-se
que aprender a ensinar é um processo que vai se consolidando no exercício
profissional, ou seja, a prática pedagógica fornece pistas fundamentais para a
construção do conhecimento do docente, realizando assim uma aprendizagem mais
sólida e autônoma na vida do educando.
PHILLIPE
PERRENOUD
O sociólogo suíço Phillipe Perrenoud
é uma referência essencial para os educadores no Brasil pelo fato de suas
ideias pioneiras e vanguardistas sobre a profissionalização de professores e a
avaliação de alunos serem hoje consideradas fonte única para todos os
pesquisadores em educação e assessores em políticas educacionais, estando na
base, inclusive, dos Novos Parâmetros Curriculares Nacionais e do programa de
Formação e Professores Alfabetizadores do MEC (PROFA), estabelecidos pelo MEC.
Phillipe Perrenoud é
sociólogo suíço, professor na Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação na
Universidade de Genebra, autor de vários títulos importantes na área de
formação de professores, hoje considerados leitura obrigatória para os
profissionais do ensino. Perrenoud é um dos educadores mais conhecidos por suas
obras e por suas ideias pioneiras sobre a avaliação em sala de aula e sobre
profissionalização do professor. Autor de “Avaliação – Da excelência à
regulação das aprendizagens” e “Construir as competências desde a escola”,
“Pedagogia diferenciada” e o best-seller “Dez novas competências para
ensinar”.
OBS: O
livro é organizado por vários autores, mas o referencial teórico comum nesta
coletânea é a pedagogia das diferenças de Phillipe Perrenoud, que traz uma
abordagem importantíssima para a educação, um pilar de grande valia para a
formação do indivíduo na sociedade. Por ser um teórico tão renomado, decidimos escrever
um pouco sobre a sua história de vida e
a sua contribuição para a formação do educador para um ensino de qualidade.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
Pedagogia das diferenças na
sala de aula / Marli André (org.) - Campinas, SP: Papirus, 1999. – (Série
Prática Pedagógica
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