quinta-feira, 14 de junho de 2012






                                             UNIVERSIDADE SALVA







                        PESQUISA E PRÁTICA PEDAGÓGICA  III






                                            



                                              Seabra,
                                                    2012
                        GILMARA MENDES DA SILVA
   LUCIDALVA ANJOS TEIXEIRA
   MARIA REGINA



                        PESQUISA E PRÁTICA PEDAGÓGICA  III

 Atividade solicitada pelo professor Antônio Carlos de Almeida Gouveia Filho, aos alunos do 3º Semestre de Pedagogia – Licenciatura/ Pólo Seabra, como requisito para avaliação da disciplina de Pesquisa e Prática Pedagógica III.
                                                                                                                    



           

                                                   

                                                  


                                                    


                                                    Seabra,                       
             2012
                    PEDAGOGIA DAS DIFERENÇAS NA SALA DE AULA

Essa obra aborda muito as linhas gerais da pedagogia e o sociólogo Philippe Perrenoud relatam sobre a pedagogia das diferenças, os seus trabalhos é sobre o mecanismo que leva a escola a trabalhar com transformações, desigualdade social e cultural, em desigualdade escolar. Trabalho pedagógico e na formação, de professores, político de educação e formação, ele reforça que a pedagogia diferenciada não volta às costas para o objetivo primordial da escola, mas de tentar garantir que todos os alunos tenham acesso a uma cultura.
 Perrenoud considera a pedagogia das diferenças como uma forma de luta contra o fracasso escolar e o insucesso escolar ele afirma que as desigualdades biológica, psicológica, socioeconômicas e culturais transformam-se em desigualdade de aprendizagem e de escola ou pela maneira de lidar com as diferenças. Perrenoud (1991, 1992) afirma que a pedagogia das diferenças requer uma avaliação formativa. Ele pergunta por quê? Formativa?Simplesmente porque é uma avaliação que objetiva melhorar a formação; sua preocupação não é classificar, dar notas, punir ou recompensar, mas ajudar o aluno a aprender.
Marta Maria P. Darcier ela faz uma crítica sobre a avaliação do ensino fundamental, que puni, classifica e define o destino do aluno e sugere reverter esse processo de avaliação para um sentido positivo, para sustentação da aprendizagem. As reflexões desses autores nos levam a ter clareza de que a revisão das práticas avaliativa não é tarefa simples, nem vai se dar  de um dia para o outro. É uma tarefa complexa que vai exigir mudanças profundas nas relações de sala de aula. Ele também alerta os professores para o fato de que a constatação de ter que aprender a olhar para essa múltipla determinação e avaliar o seu poder precisa movimentar criticamente na sua sala de aula, aprender a olhar para cada aluno e não para um todo. Nesta obra as autoras também discutem entre outros temas, o uso do diário como instrumento de avaliação, e trabalha com erros e as atividades de reforço no período de ensino fundamental que é de inúmera importância nessas séries. A autora relata que trabalhar com diário é uma forma de aprendizagem tanto para os alunos quanto paras os professores, além de mostrar para eles as dificuldades de cada aluno.     A atual tendência das políticas de ensino básico é a ampliação, do espaço educativo, que trouxeram á escola novos questionamentos. Um deles seria a habilidade de lidar, de forma mais democrática, com a diversidade individual e cultural presente na classe, pois neste contexto de mudanças, o educador deveria assumir-se como o gestor da aprendizagem do aluno, conhecendo com mais clareza tais processo, construindo melhores registros de seus percursos, desenvolvendo estratégia que rever a função que o erro cumpre no processo de ensino-aprendizagem faz parte de uma nova prática avaliativa. Luckesi, ao recomendar que a avaliação deixe de ter uma função meramente classificatória e punitiva e passa a ter uma função de diagnostico do nível de apropriação da cultura elaborada por parte dos alunos.
  A avaliação impulsionadora ela promete melhoria no ensino e considera que a aprendizagem é um processo e não um acúmulo de informação, e ao abordar o tema avaliação de investigação didática, está referindo à possibilidade de conhecer os processos de aprendizagem dos alunos com o objetivo de reorganizar atividades de ensino, ajustando-as aprendizagem. Com isso a avaliação torna uma aliada do professor, por esse meio o professor pode acompanhar o processo de ensino aprendizagem dos alunos. Esse tipo de avaliação fornece ao professor várias informações sobre o andamento do processo educativo, permite a avaliação de se próprio, do seu trabalho.
  O diário como instrumento de avaliação e de investigação didática, foi utilizado em dois momentos diferentes; Na reflexão sobre as concepções de avaliação que encontra das professoras sobre suas experiências com esse trabalho. Na reflexão sobre a implantação dos projetos de mudanças, nas práticas avaliativas, que contem reflexos dos professores sobre a tentativa de mudanças com base nas novas concepções.
Revela-se igualmente importante para a tomada de consciência das dificuldades e dos avanços. Neste projeto não era usado apenas os diários dos alunos, mas também os dos professores para registrar tudo que ocorria sobre os seus projetos. 


Como afirma Luckesi (1995), a escola pratica uma avaliação da culpa.  Porém, é importante aprender a ver o erro como normal, aprender a interpretá-lo, libertando-o de todo caráter negativo e punitivo, passando a utilizá-lo de forma mais construtiva e produtiva, como um indicador privilegiado para dar uma ajuda personalizada ao percurso escolar. Na análise das praticas observadas possibilitou a visualização de marcas de um ensino centrado no professor na transmissão do conhecimento, não apenas avaliar por avaliar, “avaliar não é julgar e sim ajudar”, o que se quer dizer é que a avaliação pode cumprir funções distintas: uma controladora, que exigem rigor na comprovação dos objetivos alcançados, e outra formativa, que dá os resultados em caráter orientador nessas dimensões, o professor não julga apenas, mas informa e reorienta, se for preciso, sua estratégia docente. Conhecer o pensamento dos alunos a respeito de seus erros é uma atividade enriquecedora para o professor. Uma forma possível seria o professor adotar uma atitude reflexiva diante do erro do aluno, procurando não só compreender o erro dentro de um contexto de ensino, mas também compreender o aluno que erra. Portanto no estudo em questão, é necessário diferenciar e tornar o erro do aluno um problema para o professor, de tal forma que ele seja levado ao incessante movimento de reinvenção do ensino, assumindo, uma atitude iniquidora diante dos novos desafios pedagógicos. Com base nos trabalhos de erros é, prioritariamente, engajar os alunos no processo de correção decidindo com eles novas regras e novos critérios e utilizando novos instrumentos de avaliação. Pois os novos conhecimentos didáticos que surgirão a partir desta reflexão certamente irão subsidiar o professor no trabalho de organizar situações- problema ajustadas aos níveis e as possibilidades dos alunos e desenvolver um clima de cooperação e compreensão em sala de aula visando à melhoria do individuo, neste sentido a escola ajuda o cidadão a superar o sentimento negativo sobre o erro, dando ao aluno a liberdade de aprender, sem culpa e sem medo humanizando a sua existência.  
Ao dialogar com professores, nota-se uma grande dificuldade de lecionar nas classes multisseriadas e alunos com diferentes idades. Antes de apontar o dedo acusador para escolas e professores, é preciso reconhecer que trabalhar com a heterogeneidade existente em uma sala de aula é realmente tarefa difícil. Se considerarmos, além de tudo as condições de trabalho dos professores é o fato de que a escola pública não tem sido, via de regra, um espaço propício a reflexão e ao debate sobre o trabalho pedagógico. Tais dificuldades podem agravar-se com a implantação dos diversos sistemas públicos de ensino, da organização curricular em ciclos.
Eliminada essa barreira, a diversidade nos níveis de aprendizagem dos alunos em cada sala de aula tende a aumentar. Caso as escolas e os professores não consigam se organizar para lidar de forma adequada com essa diversidade, propostas que se pretendiam democratizantes podem se tornar ao contrário instrumentos de discriminação, reduzindo ainda mais as afetivas possibilidades de acessos de muitos alunos ao conhecimento. O papel do professor envolve intimamente o compromisso profissional com a aprendizagem dos alunos buscando todos os meios possíveis para ensinar. Um instrumento importante nesse processo de reflexão é a avaliação, na verdade, como podemos perceber nas várias descrições de situações de sala de aula, a uma avaliação constante, que faz parte do processo de ensino. Essa capacidade de perceber e utilizar a diversidade de saberes que existe na sala de aula permite ainda o educador um equilíbrio entre o rotineiro, ou seja, os esquemas de trabalho que proporcionaram certa organização. Esse movimento permite o funcionamento harmonioso do coletivo, na sala de aula.
Os professores nos dias de hoje tem se pensado mais em desenvolver atividades que interaja o todo, a vivência de cada aluno, pois estamos vivendo uma escola democrática. E estar tornando o olhar mais voltado para as diferenças pedagógicas ou cooperativas, como propõe Phillippe Perrenoud (1995), significa compreender que elas só tem força se provocarem, no espírito do aluno e no dos professores, uma outra construção de sentido.
Os professores estão sempre buscando novos desenvolvimentos no campo da educação para se tornarem profissionais mais capacitados para tornarem seus alunos cada vez mais preparados para a grande sociedade. Mas ainda não se conseguiu uma forma de buscar soluções para enfrentar a problemática da formação e para ensinar com base na vivência de cada um. É através dessa formação pode trabalhar vários conteúdos como: a identidade, as fases da vida, era a preocupação comum em desenvolver um projeto que alcance o sucesso das crianças. Por exemplo, uma professora iniciante começou a avaliar a sua própria prática de ensino e pode perceber que havia alunos diferenciados e assim passou a realizar atividades diferenciadas para cada tipo de aluno e ao ter uma nova visão de sua sala de aula. A professora passou a desenvolver um bom trabalho e os alunos um bom desenvolvimento através de cada atividade desenvolvida em sala de aula. O planejamento é indispensável para um bom desempenho em sala de aula, mediando ao educador uma análise mais aprofundada da situação de seus alunos, proporcionando uma melhor qualidade no ensino aprendizagem. Nesse conteúdo se vê falar muito na matemática de começar-se trabalhar desde as séries iniciais e do bom desempenho que os alunos apresentam. Nesse subtema também entrou as fases da vida que as crianças desempenharam muito bem, que era falar sobre a gravidez até o nascimento, organizando cartazes. A partir de trabalhos como este o educador pode perceber o conhecimento que cada aluno já traz consigo mesmo, e motivar que cada aluno se interesse cada vez mais pelos conteúdos trabalhados. Diante da abordagem em relação o ensino aprendizagem conclui-se que aprender a ensinar é um processo que vai se consolidando no exercício profissional, ou seja, a prática pedagógica fornece pistas fundamentais para a construção do conhecimento do docente, realizando assim uma aprendizagem mais sólida e autônoma na vida do educando.

                                    PHILLIPE PERRENOUD

                  

O sociólogo suíço Phillipe Perrenoud é uma referência essencial para os educadores no Brasil pelo fato de suas ideias pioneiras e vanguardistas sobre a profissionalização de professores e a avaliação de alunos serem hoje consideradas fonte única para todos os pesquisadores em educação e assessores em políticas educacionais, estando na base, inclusive, dos Novos Parâmetros Curriculares Nacionais e do programa de Formação e Professores Alfabetizadores do MEC (PROFA), estabelecidos pelo MEC.
Phillipe Perrenoud é sociólogo suíço, professor na Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação na Universidade de Genebra, autor de vários títulos importantes na área de formação de professores, hoje considerados leitura obrigatória para os profissionais do ensino. Perrenoud é um dos educadores mais conhecidos por suas obras e por suas ideias pioneiras sobre a avaliação em sala de aula e sobre profissionalização do professor. Autor de “Avaliação – Da excelência à regulação das aprendizagens” e “Construir as competências desde a escola”, “Pedagogia diferenciada” e o best-seller “Dez novas competências para ensinar”.

OBS: O livro é organizado por vários autores, mas o referencial teórico comum nesta coletânea é a pedagogia das diferenças de Phillipe Perrenoud, que traz uma abordagem importantíssima para a educação, um pilar de grande valia para a formação do indivíduo na sociedade. Por ser um teórico tão renomado, decidimos escrever um  pouco sobre a sua história de vida e a sua contribuição para a formação do educador para um ensino de qualidade.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
Pedagogia das diferenças na sala de aula / Marli André (org.) - Campinas, SP: Papirus, 1999. – (Série Prática Pedagógica

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